sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Scott Pilgrim Contra o Mundo



FINALMENTE!!! O filme do ano chegou na boa e velha Brasília. O problema é que no jornal havia a informação de que o filme seria lançado somente na Embracine (uma sala, duas sessões dubladas). Fui encarar mesmo assim e a surpresa boa era que a película era legendada.

Li o que foi lançado no Brasil pela Companhia dos Quadrinhos da obra de Brian Lee O' Malley, 4 dos 6 volumes que já estão disponíveis na gringa.

Para quem mora numa caverna ou não dá a mínima para cultura pop, trata-se da história do personagem título, que se apaixona pela americana Ramona Flowers, que agora trabalha como entregadora da amazon.ca. A menina tem bagagem. Para ser mais específico, sete ex-namorados malignos que devem ser derrotados por Scott se ele deseja namorar Ramona.

O filme é a transposição perfeita de um video game para a tela grande e transpõe fantasticamente o universo dos quadrinhos originais para a telona (tudo bem que eu ainda não li a série toda, mas pude perceber que as pequenas mudanças feitas simplesmente facilitaram colocar seis volumes em um filme de menos de 2 horas).

O elenco é bom pra caramba: Anna Kendrick tem mais personalidade no dedinho do pé que a companheira de elenco na Saga Crepúsculo que gosta de vampiros fake. Kieran Culkin rouba todas as cenas em que aparece como Wallace, amigo gay de Scott.Mary Elizabeth Winstead e Ellen Wong estão adoráveis como Ramona e Knives Chau. Esta, a namorada que foi chutada para que Scott pudesse ficar com aquela. Ah, eu gosto de Michael Cera, fazer o quê.

Cenas hilárias como o "momento Seinfeld", trilha sonora fantárdiga, diálogos memoráveis, cenas de luta bacanudas e a Vegan Police. Um filme que sumariza tudo que gosto no mondo pop de maneira tão superlativa só pode ser considerado o filme do ano.

Dois dias depois de tê-lo visto, o Blu-ray chegou em casa. O player chega na semana que vem e aí vou encarar a tonelada de extras e checar o filme de novo.

Tron: O Legado


Lembro-me do trailer do filme original quando acabava a Disneylândia no domingão e eu era bem moleque. O grande lance é que Tron não foi lançado em Brasília, como boa parte da produção da Disney na década de 80. Havia poucos cinemas, então: Márcia no Conjunto, Karinzão da 110 sul, o bom e velho Atlântida, no Conic. Ali também havia o Bristol, o Badia Helou e o Karim Naboud (acho que eram assim os nomes). Sem falar no Cine Brasília, onde rolavam os filmes independentes. Brincar de gostar de cinema naquela época era punk. Quando não rolavam lançamentos nacionais, a espera demorava (Top Gun estreou uns 6 meses depois do eixo Rio-São Paulo), isto quando os filmes simplesmente não chegavam aqui, caso do Tron Original.

Não que haja necessidade de ver a primeira parte para que se entenda a continuação, tudo é bem explicadinho. Filho do herói do filme original é abandonado pelo pai que, na verdade, esta preso no mundo que visitou no filme anterior. Entra neste mundo virtual e vive "grandes aventuras".

O filme lembra muita coisa: A sequência em que aparece Michael Sheen lembra, ao mesmo tempo, Matrix Revolutions, pelo falatório e a procura por uma "chave" e O Quinto Elemento, pelo histrionismo do personagem interpretado pelo inglês arroz de festa.

O personagem Clu, um Jeff Bridges rejuvenescido digitalmente, mostra que a tecnologia está avançando filme a filme. Ainda parece artificial, mas já é bem melhor que o Scwarzenegger de T4.

O visual é agradável, Jeff Bridges lembra Obi Wan Kenobi (com direito a capuz e tudo)e o Dude de O Grande Lebowski, a 13 de House fica muito bem de roupinha preta colante (Trinity ficaria intrigada) e o mocinho da história não compromete.

Como disse minha esposa, é uma boa sessão da tarde.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Rede Social


Dei boas risadas quando soube que filmariam a história da fundação do Facebook e me perguntei quem gostaria de ver um filme sobre isto.

Quando descobri que David Fincher seria o diretor, tive que repensar meus conceitos. Ao ver o trailer do filme, com aquela versão de Creep do Radiohead, sabia que teria que assistir a película.

Existem vários temas pertinentes à história. Mark Zuckerberg "criou" "seu" website prestando atenção no que já existia, no que funcionava ou não, acrescentando uns toques que podem ou não ter sido de sua autoria (lhe garantindo uns bons processos nas costas, o que perdura até hoje).

É fascinante como alguém que possuía quase nenhuma vida social entendesse tanto do mecanismo que a rege. E também como um excluído pudesse se tornar um dos homens mais invejados do planeta (quem não gostaria de ser bilionário como Bruce Wayne ou Tony Stark?)

Será que alguém que lutou até o fim por uma idéia que sabia ser extremamente criativa e inovadora mereça ser tratado como vilão? Mas como tal pessoa pode passar o único amigo para trás e dormir a noite? (Vai ver a montanha de dinheiro ajude). A cena final, na minha opinião é extremamente ficcional, mas ainda assim marcante, emblemática e humanizante para o "personagem".

Um filme intrigante, que dá o que pensar e mostra nossa realidade atual. Tanto que ao assistir ao filme já pensava no que blogaria sobre ele a posteriori.

Harry Potter e as Relíquias da Morte



Li o livro em quatro dias em bom e velho inglês para evitar spoilers, como quando descobri que Sirius Black havia morrido ao final da Ordem de Fênix.

O filme segue bem parecido com a versão escrita, pelo menos do que me lembro dela, já que não sou do tipo que relê uma obra quando a mesma torna-se um filme. Lembro de ter pensado como a primeira parte viraria celulóide, já que tudo é muito parado. Os três personagens são fugitivos da nova realidade na qual Voldemort toma conta e nem os trouxas estão mais seguros.

No momento em que Ron deixa o filme, tive a mesma sensação da leitura do livro: "Quando esta história vai começar a esquentar?" Não estou dizendo que o livro e filme são ruins, muito pelo contrário, para que a ação flua na segunda parte a calmaria é necessária na primeira. Fiquei simplesmente surpreso como o que senti ao ler a obra foi replicado ao me sentar na sala de cinema.

Rupert Grint manda no filme. Seu personagem é que mais sofre por se ver longe da família e pelo ciúme que começa a sentir de Hermione e Harry. E como Emma Watson ficou bonita... O sentimento que une Ron e Hermione é palpável por meio de alguns diálogos e alguns momentos entre os personagens. Sutil, mas bem perceptível...

Juro que tive que chegar em casa após o filme e dar uma olhada na wikipedia sobre os horcruxes (fiz a mesma coisa durante a leitura). É um bocado de informação, mas agora estou preparado para a segunda parte, a volta a Hogwarts e o segredo de Snape. A primeira parte é para fãs ou, pelo menos, para quem acompanhou tudo no cinema. É um filmaço, mas o próximo tem tudo para ser extraordinário...

John Lennon Begins a.k.a O Garoto de Liverpool


O filme começa com Lennon sonhando e rola um foreshadowing de A Hard Day's Night, numa cena antológica.

O que segue é a história da adolescência do beatle: seus problemas com a mãe biológica, a criação pela tia, problemas na escola, início do interesse pela música, a criação dos Quarrymen (protótipo dos Beatles), o início da amizade com Paul, algumas revoltas e tragédias.

Filme agradável valorizado pelas interpretações de Aaron Johnson (Kick-Ass) e Kristin Scott Thomas. Agora tenho que ver Backbeat, que continua a história...

domingo, 28 de novembro de 2010

Comédias - Novembro




Um Parto de Viagem - filme bem divertido que utiliza a diferença de personalidades entre os personagens de Robert Downey Jr. e do arroz de festa, após Se Beber Não Case, Zack Galifianakis.

A seriedade do primeiro contrasta com o jeito desleixado do segundo, que faz com que ambos sejam retirados do avião em que se encontravam, por meio de um mal entendido envolvendo uma ameaça terrorista. Ambos embarcam juntos numa viagem de carro até Los Angeles, onde o primeiro filho do personagem de Downey Jr. está prestes a nascer.

Tudo que poderia acontecer de errado de fato ocorre, logicamente surge uma improvável amizade entre os dois opostos, e boas risadas são garantidas.

Muita Calma nessa hora - Esperava muito pouco deste filme, mas trata-se de uma comédia agradável, com bons momentos e algumas cenas verdadeiramente engraçadas. O que fica a desejar é a vontade da Embratel de emplacar "Faz um 21" como o novo "Pede pra sair" e a "interpretação" de Gianne Albertoni, que de biquini vai muito bem, obrigado.

Três amigas partem para Búzios, local da lua de mel da personagem de Andréia Horta (Alice, da HBO) que desiste do casamento após flagrar o noivo com outra. Ela,juntamente com Albertoni e a ex-chiquitita Fernanda Souza, passará por novas experiências e mudará sua perspectiva em relação a vida que levava.

Bacanas as participações de Marcelo Adnet, como um paulista playboy, Serginho Mallandro como um tatuador e Dudu Azevedo como uma drag queen. Mas o melhor mesmo é o personagem de Lúcio Mauro Filho como um chicleteiro chato pra caraco (qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência).

A riponga clichê de Débora Lamm tem lá seus momentos constrangedores, mas quando usa de letras de músicas pop nacionais como mantras, garante bons momentos. Em suma, uma sessão da tarde bacaninha...

Minhas mães e meu pai


Filme que foi sensação no Festival de Cannes, tem um elenco bacaníssimo e custou preço de banana para ser feito.

Dois irmãos, a gatíssima, IMHO, Mia Wasikowska (a Alice do Tim Burton) e o moleque Josh Hutcherson (que fez o teste e deveria ter sido escolhido como o novo Homem-Aranha, já que tem a idade correta) são filhos de um casal de lésbicas (Anette Bening e Julianne Moore) que foram fertilizadas com material coletado de um mesmo doador por meio de um banco de sêmen.

O rapaz quer conhecer o pai biológico (Mark Ruffalo) e pede para que a irmã, que acabou de completar 18 anos, entre em contato com ele, que aceita conhecer ambos. A menina se encanta com o "pai", o garoto não dá muita bola, as mães também conhecem o doador, aumentando a crise pela qual passa a relação de ambas, e a vida de todos muda a partir daí.

Filme agradabilíssimo, com trilha sonora indie e interpretações marcantes (Julianne Moore deveria fazer apenas filmes independentes).

Atração Perigosa


Título terrível para o original "The Town", que também não era um primor, mas ficou parecendo aqueles filmes vagabundaços do Supercine.

Quem me conhece sabe que sou grande fã de Ben Affleck, já tendo sido bem sacaneado por causa disso. Fazer o quê? Gostei pra caramba do cara em Procura-se Amy, melhor filme do também ídolo Kevin Smith e passei a acompanhar a carreira do ator (nem toda, passei longe de Pearl Harbor, Jogo Duro e Fantasmas, por exemplo).

Fique muito feliz com o prêmio do Festival de Veneza para o ator com "Hollywoodland" e o primeiro filme dirigido por ele, Medo da Verdade, foi bem recebido pela crítica.

Atração Perigosa mostra Affleck como mentor intelectual de uma série de assaltos a banco cometidos por seu bando (ele também participa dos roubos)em Boston. O pai dele está na cadeia por não delatar os comparsas de um golpe ocorrido há anos. Seu melhor amigo e parceiro no crime, literalmente, é interpretado por Jeremy Renner, de Guerra ao Terror (ótima interpretação). Este cara vai dar o que falar depois do próximo Missão Impossível: Protocolo Fantasma e seu papel com Gavião Arqueiro em Os Vingadores. A ex-namorada do personagem de Affleck, Blake Lively, mostra que a atriz está querendo manter uma carreira na telona depois que Gossip Girl for desta para melhor. Ela manda bem como a mãe de um bebê viciada em drogas. Se Lanterna Verde for o sucesso esperado, scripts novos não vão faltar para a moçoila.

Ao final de um dos assaltos do bando, eles são obrigados a levar uma refém, Rebecca Hall de "Vicky Cristina Barcelona". O personagem de Affleck se apaixona pela moça, o bando passa a ser perseguido pelo agente do FBI interpretado por Jon Hamm (Mad Men) e a tensão se mantém até o final da película.

Excelente filme, com elenco afiado (Affleck não é excelente ator, mas não decepciona), edição eficiente e, como já dito, um estado de tensão que te deixa grudado na poltrona o filme todo.

Tomara que role ao menos uma indicação ao Globo de Ouro para o bom e velho Affleck na cadeira de diretor. Hollywood adora histórias de superação. Estou na torcida...

sábado, 6 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2


Como pode ser visto na capa da Rolling Stone deste mês, com a chamada Desconstruindo o Capitão Nascimento, a continuação desconstruiu o filme original.

O que havia no primeiro filme era a discussão se havia a necessidade do herói (ou anti-herói) descer ao nível do vilão, apresentando características do mesmo e usando de métodos pouco convencionais para cumprir a sua missão.

Personagens de mídias diversas como Wolverine e Justiceiro, nos quadrinhos; Rambo, Paul Kersey e Dirty Harry nas telonas, entre outros, povoam o imaginário, servindo de catarse para o cidadão médio, que, não podendo fazer justiça com as próprias mãos, vibra ao observar seus heróis (não tão bonzinhos assim) pipocando, perfurando, esmurrando e detonando os inimigos da sociedade.

Acontece que o segundo filme, apesar de, em alguns momentos, mostrar o agora Tenente Coronel Nascimento esmurrando quem merece e bancando o cabra macho quando precisa, faz um estudo do personagem, que descobre que tudo em que acreditava não era assim tão certo quanto imaginava. O importante agora não é criar frases de impacto (embora elas estejam lá) nem cenas de tortura com o infame saco (embora ele também dê as caras). Como informa o subtítulo, o inimigo agora é outro. Ao final do filme, Nascimento terá seu statuo quo radicalmente modificado, vários personagens terão encontrado seu destino, e o público vai ter assunto a ser discutido em cadeiras de escola e mesar de bar por semanas a fio.

O mais tragicômico é que o filme tenha saído em ano de eleição e que a realidade ali mostrada ainda pareça melhorada quando comparada com o que se vê do lado de cá da tela...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sartando fora

Não ficamos pra ver Linking Park e Tiesto. Tinha mais o que fazer.

Arrumamos as malas durante o show do Linking Park e pegamos informações sobre como achar um ônibus que fosse pro aeroporto de Campinas. Acabamos parando no mesmo local onde fizemos a triagem para o camping e conseguimos uma carona em um ônibus para voltar a Itu.

De lá, pegamos imediatamente (fomos os dois últimos passageiros) um baú para a rodoviária de Campinas e, de lá, (num frio inacreditável e depois de um ranguinho numa Casa do Pão de Queijo) chegamos no aeroporto de Campinas às 5:50 da matina. Nosso vôo só sairia às 10:50, então ficamos num dorme acorda, come alguma coisa até que nossos companheiros Taís e Henrique aparecem na nossa frente felizes, lindos e cheirosos (não sabíamos que pegaríamos o mesmo vôo pra Bsb). Já eu e Paula estávamos sem banho já tinha um bom tempinho e nossas meias estavam em petição de miséria (meu Nike rasgou durante o festival).

Trocamos impressões sobre o festival (foi então que Henrique contou a história do show do Cavalera Conspiracy) e, no momento esperado, pegamos o vôo pra Bsb.

Valeu muito nossa experiência no festival, o brabo mesmo foi ter trabalhado na quarta-feira pós feriadão de maneira zumbizante...

As fotos da brincadeira podem ser conferidas em
http://cid-b4bd0802d3b98fed.photos.live.com/browse.aspx/SWU

sábado, 23 de outubro de 2010

Vi Shows: SWU (10/10/10)

Um dos lances mais marcantes do segundo dia do SWU foi a luta pra conseguir um sanduba vagabundo (Cheeseburger) que custou 11 pilas na Gordão Lanches. Não havia fila na bagaça, e demorava-se em média meia hora para conseguir seu gorduroso. O melhor eram os olhos ardendo de tanta gordura no ar...

Capital Inicial é uma banda que respeito pacas, mesmo agora sendo banda de adolescentes. Dinho não envelhece nunca e investiu no repertório do último álbum, algo um tanto o quanto corajoso. Além disso, não tocou "Música Urbana", primeira vez que isto acontece nos mais de dez shows do Capital que já assisti.

Sublime with Rome agitou os skatistas e marijuaneiros presentes. O problema para mim é que todas as músicas parecem a mesma. Aproveitei para carregar o celular no Espaço Oi, mas consegui curtir "Santeria" e "What I've Got", que é o que 90% da humanidade conhecem da banda rediviva.

Regina Spektor foi bom pra caramba. A russinha conquistou o público com sua simpatia e tem umas canções bem legais, principalmente as tocadas ao piano. Quando ela pegou a viola, o caldo desandou um pouco, mas o mais bizarro foi ela usando um banco como instrumento musical.

Durante o show de Joss Stone fui comprar o tal do sanduba. Ela é gatíssima, mas deixou de ser relevante há tempos. Primeiro momento "I couldn't care less" da noite.

Dave Matthews Band - tava frio pra caramba. Só queria ouvir "Crash" e, quem sabe, algo dos primeiros álbuns. Só consegui ouvir a famigerada "Don't Drink the Water". Fui, juntamente, com Paula, tentar me aquecer em outra frequesia. Segundo momento "I couldn't care less" da noite.

Kings of Leon - o dia no qual havia mais mulheres no SWU tinha razão de ser, os caubóis do KOL. Todo mundo diz que os caras foram frios, que o show não foi lá essas coisas. Mas eu tava lá, não vou dizer pertinho, mas dava pra ver os caras na boa, e gostei da apresentação. Coisas das antigas, bacaninhas, e as mais novas (Sex on Fire, Use Somebody) que incendiaram o público (as meninas, então, nem se fala). Minha favorita, On Call, foi tocada com gosto. Valeu a noite, no dia mais irregular do festival.

Vi Shows: SWU (09/10/10)

Entramos na Arena, tomamos Heineken por 5 reais e Coca 600 (plant bottle reciclável) por 6. Encontramos Taís e Enrique na Roda Gigante movida por 5 oreias que pedalavam e moviam a bagaça.

Primeiro show do festival para nós: Mutantes (Taís e Henrique chegaram no inicinho e gravaram até vídeo com Eduardo Suplicy que ali estava para checar o show dos filhos (Brothers of Brazil).

Sérgio Dias e seus amiguinhos fizeram um show bem legal, com direito a algumas de minhas favoritas (tenho a discografia completa): El Justiceiro e Virgínia. A vocalista gravidaça e com estampa colorida no barrigão estavam bem legais. O estranho foi ver Balada do Louco ser entoada por banda e público sem a presença de Arnaldo Batista. Loki ficaria intrigado...

Los Hermanos - o brabo é ter que encarar os fãzocas dos Hermanos. Gosto pacas da banda, principalmente dos dois primeiros álbuns. Ouvi tanto Bloco do Eu Sozinho em casa que hoje o clã Nóbrega é formado por fãs dos caras. O problema é aquele bando de chatos cantando mais alto que a banda.

O show foi belíssimo. Canções down pra caramba em belos arranjos. Só achei que o Amarante se esforçou mais. Parece que o Camelo tava levando mais nas coxas (estaria ele mais preocupado com a apresentação da amada Malluzinha?)

The Mars Volta foi esquisito e bom pra caramba. O som dos caras é progressivo pacas (algo que me desagrada), mas o som pesado, a qualidade do som da banda e a perfomance James Browniana do vocalista ganharam o jogo. Algumas canções tinham mais de 10 minutos e a interação com o público foi zero, mas o show foi bacana e deveras curioso.

O show do Rage todo mundo já sabe como foi. Começou explosivo, todo mundo pulando pacas. Menininhas na grade achando que seguravam a onda (amadoras!!!); galera invadindo a área vip, conforme pregado por Tom Morello (guitarrista da banda); banda se descabelando no palco enquanto o público não ouvia nada; menção ao MST; "três passinhos pra trás, por favor"; problemas no som; show imperdível pra Paula, bacana e meio tenso pra mim (meio que bancando o segurança para ela).

Chegando na Fazenda Maeda



Já tinha uma fila grande na chegada da Fazenda Maeda. Foi necessária uma triagem da bagagem que a galera estava levando, já que bebidas alcóolicas e desodorantes aerosol, entre outras cositas, eram proibidas. Lógico que tudo era balela, alguns eram revistados, outros passavam batido com vodka e whisky (além da boa e velha pinga) à vontade. Nós só levamos biscoitos e bisnaguinhas Scooby Doo (permitidos). A Paula chegou a comprar outro desodorante para seguir as regras estabelecidas.

Um trenzinho nos levou ao camping, que estava bem vazio então. Era dia 08 de outubro, lá pelas 18 horas. Montamos a barraca, descobri que o banheiro era químico e que não havia pia (só uma torneira no Camping Premium inteiro, que foi retirada no outro dia e substituída por vasilhas de água repostas por funcionários da fazenda). Usei o quimicão no primeiro dia e somente dois dias depois, logo após a limpeza do mesmo (nunca senti tanta saudade do meu próprio banheiro).

Não dormimos nada à noite. Ficamos vizinhos de um bando de mineiros chatos pra caraco que ficaram falando borracha à noite inteira, tentando tocar pagode. Durante toda a noite, mais gente foi chegando e, pela manhã, o camping já estava bem cheio.

Descobrimos que a loja de conveniência era uma lanchonetezinha que vendia Coca 600 por 6 reais, pão de batata e Nestea por 5 e pão de queijo por 4.

Havia uma área com tomadas (umas 10, em média). Quando cheguei lá para carregar meu celular, já havia umas 4 bichadas.

O almoço era feito na área pertencente à Fazenda Maeda que cobrou, no primeiro dia, 40 reais pelo almoço (all that you can eat). Compramos marmitex (e foi assim pelos próximos dias) por 12 reais (o rango era razoável). A coca lata era 5 reais, a Heineken 6. A partir do 2o dia, o almoço abaixou para 20 reais, mas como já disse, o marmitex foi mantido.

Banho - dos oito chuveiros disponíveis para a machaiada, só cinco funcionavam. Fiquei chegado de uma galera e tentamos falar com o pessoal da produção sobre o caos que se instalava. Todo mundo fazia pouco caso e encarei uma hora e meia para tomar o famoso banho de 7 minutos. A Paula levou uns dez minutos para tomar o seu. Havia mais chuveiros e menos banhantes na ala feminina...

No outro dia, trocaram as alas, machos com mais chuveiros, mulheres com menos. Resultado, fiquei 2 horas e meia na fila e a Paula 3. Eu com a cara preta e ela toda vermelha de sol. Decisão tomada, 3o dia sem banho...

Aventuras no SWU - o trajeto


Era pra ter feito o relato sobre o festival há umas duas semanas, mas pense no cansaço que bateu após a maratona de quatro dias entre aviões, ônibus, barracas de camping, banhos de 7 minutos e banheiros químicos?

Vamos por partes:

A brincadeira começou com um vôo Brasília - Campinas às 10:54, que saiu às 11:35, já que o Lula resolveu dar uma voltinha de avião justo no horário. Vôo engraçado, a maioria do pessoal era jovem e estava visivelmente indo para o festival.

Chegando no aeroporto de Viracopos, oito contos para pegar um ônibus para a rodoviária de Campinas. De lá, 13 real (ônibus para Itu).Ambos eram leito, confortáveis pacas e com um ar condicionado no talo.

Chegando em Itu, gente esquisita querendo saber como chegar na Fazenda Maeda (local do show). Tinha uma galerinha com umas oito garrafas de 51 ice (das grandes) e uma garrafa de suco Gummy (lógico que os malucos eram de Bsb).

Pegamos um baú (2,50) para o local do show. Um bebo figuraça codinome Barcelona encheu a porta traseira do ônibus com aquilo que ele havia almoçado...

Karate Kid


Vi este filme já tem uns dois meses e meio, mas andei com uma preguiça braba pra postar. Algumas considerações, então, sobre o filme do filho do Will Smith: é bacaninha, apesar de longo (embora não seja o tipo de filme que se fique olhando o relógio o tempo todo, passa rapidinho). Jaden é simpático pacas e tem aquele tanquinho de moleque de 12 anos (mesmo assim dá inveja na barriguinha de 37). Jackie Chan tá contido, mas ainda bate pacas, principalmente quando enfrenta a gangue que dá um cacete federal no Xiao Dre (o novo Daniel San).
Os relacionamentos entre personagens são plausíveis, as imagens de cartão postal da China são bonitaças e o campeonato final é emocionante. Podem falar o que for do golpe final, mas dá de dez no que rolou em Karate Kid 2 (ainda legalzinho) e 3 (palhaçada dos inférnu). Não vou citar o 4 em memória de Pat Morita e levando em conta que Hillary Swank ainda descolou dois Oscar.

domingo, 22 de agosto de 2010

Vi Shows Internacional (part two)

Simple Minds - Ginásio Nilson Nelson em 21/08/10

Finalmente a banda irlandesa com líder de postura messiânica formada na Irlanda no final dos anos 70 e que não é O U2 fez um show em Brasília.

O show estava marcado para 21:00. Cheguei às 20:00 e os arredores do Ginásio estavam vaziaços. Enquanto esperava meus companheiros curtidores do sons antigos (todos trintões, lógico) me refastelei com um X-Tudo numa barraquinha insuspeita. O sanduba fez juz ao nome, era enorme e tinha tudo o que necessitava para saciar minha fome e entupir minhas veias (pense num bicho gorduroso...)

Entramos lá pelas 21:40. Já estava mais cheio (trintões e quarentões, alguns com filhos). O DJ misturava cositas novas (Kings of Leon, Muse) com os hits oitentistas de sempre (Sweet dreams are made of this...). A banda entrou pouco depois das 22:00. Palco bacana, iluminação idem. Vocal, guitarra, baixo, batera e um tecladista (item obrigatório em bandas com repertório oitentista). Além disso, uma backing vocal com uma pusta voz e um belíssimo par de pernas.

Jim Kerr foi simpático pacas o show todo: dando tchauzinhos para quem se encontrava mais distante nas cadeiras e pedindo mãos pra cima e palmas, principalmente nas canções novas. A voz continua a mesma. A banda é competentíssima e garante um show honesto e vibrante.

Para aqueles que, como eu, curtiram o vinil duplo "Live in the City of Light" (o da capa preta), ouvir Someone Somewhere in Summertime, Waterfront e Once Upon a Time perto de casa tem um sabor especial. Mas, IMHO, faltou Promised You a Miracle, um dos meus hits pessoais da banda.

A minha canção, aquela que não poderia faltar, é Hypnotized. Percebi que grande parte do público não se lembrava dela, mas eu cantei, pulei, bati palmas e balancei bracinhos como louco. A inclusão de Let There Be Love foi, para mim, inesperada e muito bem vinda.

Lógicamente que os dois grandes momentos ficaram para Don't You Forget About Me e Alive and Kicking. A primeira foi recebida por esta pessoa com um punho para cima estilo Panteras Negras (fazer o quê, sou fãzaço de Clube dos Cinco). O Lalalala parecia o momento da boite Vogue em Sobradinho, com todo mundo pulando e gritando que nem loucos. Alive and Kicking (um dos meus mottos) foi emocionante (aquele tecladinho ruleias) e fechou um grande show bem família. Os bons e velhos fãs (alguns estavam próximos a mim) pareciam estar em transe durante algumas canções.

A única reclamação que faço é o pequeno ingresso ter sido retirado de minhas mãos e não devolvido, sendo que havia a possibilidade de destacar uma de suas partes, como em todo bom e velho show. É por isso que o scan do mesmo não se encontra aqui...

sábado, 21 de agosto de 2010

Inception (A Origem) ou O Pião é a Nova Colher


Lembro quando era moleque e li um Almanaque Marvel com uma história dos X-Men. Achei tudo muito escuro (a editora RGE tinha uma colorização horrível) e intenso demais para uma criança (Estrela Orgulhosa, como chamavam o Pássaro Trovejante na época, tinha morrido na história anterior e tinha um baixinho com garras querendo matar um cara esquisito com jeito de demônio que se teleportava. Naquele momento, aquele gibi não era pra mim, continuei com Turma da Mônica e Disney).

Alguns anos depois li outra história dos mutantes, uma Heróis da TV com capa da Cristal (mutante com roupa discoteca que transforma som em luz). A maioria do universo Marvel da época apareceu na história e o melhor é quem nos mostrava como as coisas funcionavam então, uma menina com seus 13 anos que parecia estar maravilhada por fazer parte daquele universo de uniformes coloridos. Kitty Pryde, a mocinha em questão, funcionava como nosso olhar de moleque e guia turística. Apaixonei-me pela personagem, amor que dura até hoje, ainda mais depois da fase Astonishing X-Men de Joss Whedon lançada recentemente.

O que isto tudo tem a ver com Inception, novo filme do diretor que ainda não fez um filme ruim, Chris Nolan? A menina que parece estar maravilhada em fazer parte do universo fantástico e onírico que lhe é apresentado pelo personagem de Leo DiCaprio, e em quem nos amparamos para tentar entender os conceitos apresentados na película, é representada por Ellen Page, a eterna Juno que interpretou Kitty Pryde em X-Men- O Conflito Final.

O elenco do filmé é bom pacas. Michael Caine e Cillian Murphy já são presenças esperadas num filme do diretor. DiCaprio está mandando muito bem e não tem feito filmes ruins. Adoro Ellen Page e quem diria que Joseph Gordon-Levitt, daquela série sem graça pacaramba "Third Rock from the Sun" fosse se tornar um tremendo ator? Na minha opinião, as cenas deles são incríveis, sejam as lutas nas paredes ou o beijo roubado da novata no grupo.

Sonhos dentro de sonhos onde o tempo corre diferentemente, real x imaginário, um ritmo por vezes lento demais, Edith Piaf como trilha para se voltar a realidade. São muitas as idéias apresentadas. Estou lendo várias teorias a respeito do filme, inclusive aquela que remete a história "Uma Vida de Sonho" do Tio Patinhas criada por
Don Rosa (emocionante e que faz fãs do pato tirarem ciscos dos olhos ao final).

Acho curioso ninguém que eu tenha lido ter citado A Morte nos Sonhos (Dreamscape), filminho bacaníssimo de 1984 com Dennis Quaid menino no qual o próprio tem o poder de invade os sonhos alheios, o que faz com o presidente dos EUA, para tenta impedir outro paranormal com os mesmos poderes de inserir idéias nos sonhos do homem mais poderoso do planeta. Tal filme deu origem ao personagem Máscara Noturna (Nightmask) no Novo Universo Marvel.

E pedindo o perdão às teorias cabeçudas que tenho lido, eu prefiro acreditar que o pião para...

Imagem retirada do site cinealex.wordpress.com

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Uma Noite em 67


A cerimônia do Oscar de 1939 tinha, entre seus 10 indicados a melhor filme algumas pérolas tais quais E o Vento Levou, O Mágico de Oz, No Tempo das Diligências e Ninotchka. Não invejo quem teve que escolher o melhor entre eles. O mesmo pode ser dito dos votantes para a escolha da melhor canção do III Festival de Música Popular Brasileira da Rede Record, realizado em 1967.
Sempre soube que Alegria, Alegria de Caetano, Roda Viva de Chico e Domingo no Parque de Gil haviam sido concorrentes de festivais da canção. A canção Ponteio, de Edu Lobo, eu já conhecia, mas só reconheci sua intensidade ao presenciar, no ano passado, o show de meu amigo Pecê Sousa, juntamente com um grupo de cantores excepcionais como ele, que o acampanhavam, homenagenando as canções que fizeram parte daqueles festivais.
No filme Uma Noite em 67, descobri que todas estas canções concorreram umas com as outras no mesmo festival, e que a noite de encerramento do mesmo foi um acontecimento histórico e cultural que mudou profundamente o que seria considerado MPB dali em diante.
A película mostra o temor dos intérpretes frente a uma platéia bastante vocal, que já havia escolhido seus heróis e vilões. Sérgio Ricardo sucumbiu às vaias e lançou seu violão à platéia, sendo desclassificado. Caetano conquista a platéia com seu sorriso e o rei Roberto Carlos, apresentando o samba Maria, Carnaval e Cinzas, minimiza as vaias direcionadas a ele e arranca aplausos ao final de sua apresentação.
A edição do filme mistura imagens de arquivo com entrevistas realizadas recentemente com personagens ilustres de tal noite: Roberto, Caetano, Chico, Gil, Edu Lobo, o presidente da Record na época, que compara o programa ao telecatch, tão popular na época, entre outros.
Curioso perceber a mudança que se processaria a partir de então, com a Tropicália iniciada por Caetano, Gil, Mutantes e Rogério Duprat; um Chico Buarque encontrando sua verdadeira voz e o Rei da Jovem Guarda deixando os roquinhos para adentrar na fase "black" e posteriormente, a fase romântica da década de 70.

Documentário recomendadíssimo para apaixonados por música e por quem quer saber mais sobre nosso rico passado histórico, cultural, político e popular.

Imagem retirada do site www.minhanoticia.ig.com.br

À Prova de Morte


É estranho assistir um filme de Tarantino realizado anteriormente a Bastardos Inglórios, mas lançado somente agora em terras brasilis.
Isto porque cenas recheadas de longos diálogos, que dão o tom das cenas e da história, e uma preocupação em dar importância aos personagens femininos, características presentes em Death Proof, são explorados de maneira perfeita no último longo realizado pelo cineasta. É como se estivéssemos presenciando o pré-projeto depois de termos contato com a monografia (ô papo de professor).
Isto não quer dizer que o filme que chega bem atrasado (3 anos) em território tupiniquim não tenha seus próprios atrativos. A história é divertidíssima, embora possua momentos tensos e violência tarantinesca (o sangue jorra bacanissimamente). Os diálogos no bar apresentado na primeira parte do filme e aqueles entre as dublês de cinema antecedendo à perseguição final são afiadíssimos e recheados de comentários à cultura pop tão caros ao diretor (a referência a Vegas, reconhecida por mim, fez perceber que a idade tá chegando).
Kurt Russell está com um mullet que intrigaria Snake Plissken e a trilha sonora é boa de doer, pra variar. E desde Clerks II eu acho Rosario Dawson charmosa pacaramba...
Recomendado para aqueles que gostam de diálogos excessivos, violência desnecessária por uma boa causa (diversão catártica), garotas com bermudas jeans curtas e tenham um "sick sense of humor".

PS: eu aprendi com a minha mãe a nunca colocar o braço para fora do carro. Depois desse filme, eu não ponho nem o dedo mindinho...

Imagem retirada do site www.amazon.com

Daryl Hall and John Oates


Comprei um CD nas Americanas dos caras hoje. Ainda não me perdôo não ter comprado um daqueles DVDs vagabundos com um show deles no mesmo local há alguns anos, agora tá esgotado.
Trata-se de um show recente (2008) à preço de banana. O estranho é ver o John Oates na capa sem o típico bigodão (também tenho a mesma opinião sobre o Tom Selleck, fazer o quê?).
Recomendo muito. Som bacana pra quem gosta de Antena 1 sounds...

Imagem retirada do site www.mercadolivre.com.br

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eclipse


Sim, eu vi Eclipse, além de ter encarado Crepúsculo (bacaninha, com efeitos visuais risíveis - a escalada da árvore é hilária) e Lua Nova (tão chato quanto o livro).
Eclipse é o melhor livro (ainda não li Amanhecer, estou reticente quanto ao bebê vampiro), tem um melhor desenvolvimento de personagens e mais ação, o que foi transferido para sua versão na tela grande.
O filme ainda apresenta alguns diálogos constrangedores (fazer o quê, foram retirados da fonte), mas leva-se menos a sério, com algumas boas piadas (como a falta de camisetas do lobisomem Jacob, quase um dos antigos personagens do noveleiro Carlos Lombardi). Se Edward ainda é chato pacas (bonzinho e compreensivo demais), a personagem Bella parece ter um pouquinho mais de auto-estima e Taylor Lautner (Jacob), juntamente com Ashley Greene (Alice), continuam sendo a melhor coisa da chamada Saga Crepúsculo.
Filminho legal, agora que venha o Potter...

Imagem retirada do site IGN.com

Kick Ass (o quadrinho)


Fazendo os cálculos de quanto custaria para importar o original via Amazon, percebi que ficaria meio elas por elas comprar a edição nacional usando o Mais Cultura. Acabo também ajudado a cultura quadrinística nacional (também conhecido como dar dinhero pra Panini).
Pela primeira vez, gostei mais do filme derivado do que da fonte original. Não que o gibi seja ruim, mas Mark Millar leva a sério demais o fato de querer que esta seja a realidade que haveria caso heróis povoassem o "mundo real".
Isto quer dizer que o herói título só se dá mal do início ao fim da história. No filme, isto foi amenizado, principalmente no que se refere à vida sentimental do herói.
O background de Hit Girl e Big Daddy, embora meio clichê na versão cinematográfica, funciona bem melhor do que o que é apresentado no original, IMHO.
A edição está bem cuidada, com capa dura, papel bacana e uns extras meio ralos. Valeu o investimento, estou na espera do DVD agora, de preferência cheio de bons e longos extras.

Imagem retirada do site ligahq.com.br

sábado, 3 de julho de 2010

Freaks and Geeks


Não acompanhei a série quando passou em terras tupiniquins. Que eu me lembre, rolou primeiro na Fox e depois migrou para o Multishow.
Comprei o box na Amazon pelo pedigree: produzido por Judd Apatow (diretor de O Virgem de 40 anos, Ligeiramente Grávidos e Tá Rindo do Quê? e produtor de um bocado de filmes bacanas) e com um elenco finíssimo: Seth Rogen (o Zack de Pagando Bem que Mal Tem e o novo Besouro Verde), James Franco (Harry Osborn na trilogia Homem-Aranha e ator principal do re-remake de Planeta dos Macacos), Jason Segel (ator de How I Met Your Mother, uma das melhores comédias de TV atuais, juntamente com Cougar Town e Community - além de ser o cara que vai revitalizar os Muppets no cinema. Quem viu Ressaca de Amor e checou Dracula - the Musical, criado pelo ator, percebeu que ele tem jeito pra coisa), Busy Philipps (que está hilária e vagaba em Cougar Town), Linda Cardellini (que está fantástica nesta série, uma pena que encostou por anos a fio em ER com uma personagem chata pra caraco) e John Francis Daley (que pode ser visto como o psicólogo (psiquiatra?) Sweets na série Bones - um personagem legal numa série bacana).
A série trata do dia-a-dia (no início dos anos 80) dos Freaks (vagais da escola, grupo no qual Lindsey, personagem de Cardellini, outrora CDF, se junta) e Geeks (nerds formados por Sam (Daley) e seu grupo de amigos.

Para mim, o episódio mais marcante foi o 17º, The Little Things. Nele, podemos ver todo o potencial do personagem Ken (Rogen), tendo que lidar com o fato de sua namorada ter nascido com a possibilidade de tornar-se um menino, tendo apresentado genitália dupla.
Além disso, o sonho de qualquer nerd em namorar a cheerleader mais bonita e popular da escola, o que acaba por acontecer com Sam, apresenta um lado não mostrado em nenhum outro filme ou série que eu tenha visto. A coragem do personagem em manter aquilo no que acredita, em detrimento do que todos esperariam dele, me deixou matutando por um bom tempo sobre o que tinha visto...

Imagem retirada do site www.amazon.com

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Toy Story 3


Indo contra todas as regras que indicam que continuações são inferiores aos originais, a parte III de Toy Story fecha a trilogia na qual cada desenho foi melhor do que o anterior. Se pensarmos que o primeiro já era fantástico, o terceiro é imperdível.
Os personagens são muito bem construídos, principalmente os melhores amigos Woody e Buzz e a cowgirl Jessie. A integração com outros brinquedos, que não fazem parte do grupo principal, mostra maiores surpresas sobre o mundo em que vivem (quando não há humanos por perto). Algumas cenas já pagam o ingresso: o "primeiro encontro" de Ken e Barbie, El Buzzo, a volta de "A garra" e um final que vai fazer muitos tirarem ciscos dos olhos.

Imagem retirada do site www.ign.com

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Filmes de junho


Kick Ass - esta é uma rara exceção quando eu vejo uma adaptação de quadrinhos antes de ler o gibi em questão. Porém, como tive outras prioridades em relação a importados e a edição nacional está custando 48 lascas (isto para quem tem mais cultura), deixo para acompanhar o trabalho de Mark Millar e Romitinha a posteriore.
O filme é bacanaço. Custou uns 30 e pouco milhões de doletas (troco de pão em Hollywood) e detona muito mais que produções que gastaram o triplo disto.
A básica história "O que aconteceria se heróis existissem de verdade" que vem sendo regurgitada desde Watchmen (o quadrinho, não o filme) tem soluções bem reais (e dolorosas). Afinal, se algum mané resolvesse usar uma fantasia sem ter super poderes, creio que apresentaria uma quantidade de hematomas bem parecida com o herói título da produção.
Dizer que Chloe Moretz rouba o filme como Hit Girl é chover no molhado. A menininha já era a melhor coisa de "500 dias com ela" (depois da Zooey Deschanel, é lógico). As cenas da garota em ação só podem ser realmente apreciadas para quem curte Tarantino e congêneres, pois apresentam violenta extrema (e divertidíssima). A matança ao som do tema dos Banana Splits e "Bad Reputation" de Joan Jett vão garantir à produção ao menos o prêmio de melhor luta no MTV Movie Awards do ano que vem (bem, ainda faltam os combos de Scott Pilgrim, pra falar a verdade).


Esquadrão Classe A - Filme divertido, que custou umas quatro vezes mais que o filme citado acima. Baseado na série tornada popular pelas exibições no SBT na década de 80, atualmente no canal TCM.
O grande charme da produção são atores adequados aos personagens icônicos. Liam Neeson emula a esperteza misturada a pilantragem do ator George Peppard como o líder Hannibal de maneira perfeita. Cara de Pau necessitava de um cara bonitão, mulherengo e com jeito de malandro. Após "Quem beber não case" não haveria ninguém melhor para interpretá-lo que Bradley Cooper, que parece ator das antigas novelas de Carlos Lombardi, de tanto que aparece sem camisa pra mostrar o peitoral. Murdock teve em Sharlto Coplay (de Distrito 9) um intérprete que mostrou de maneira bem eficiente a loucura do piloto do Esquadrão e Quinton "Rampage" Jackson segura bem a onda de substituir Mr. T como BA, o personagem mais popular do time, principalmente nas cenas em que deve entrar em alguma aeronave.
Nesta temporada de filmes de verão apenas razoáveis, A-Team foi uma sessão da tarde bem agradável. Espero que a baixa arrecadação do filme nos EUA não impeça a produção e uma continuação...

Imagens retiradas do site www.ign.com

Vi shows - nacional (parte um)


27 de março - Festival de Inverno de Brasília

Mallu Magalhães - esta foi a segunda apresentação de Malluzinha que tive a oportunidade de presenciar. A primeira foi no Planeta Terra Festival de 2008, em novembro, primeiro show grande da menina, e foi divertidíssima.
Neste show, ela apresentou canções do segundo CD, na minha opinião inferior ao primeiro. O tom de voz da cantora se adequa melhor às canções em inglês do que àquelas em sua língua pátria. A banda de apoio continua afiadaça, agora com a adição de instrumentos de sopro à mistura. A aguardada presença de Marcelo Camelo resultou num dueto morno e a interpretação de Mallu de "A Outra", do hermano, soou como se ela não tivesse maturidade ainda para cantar tal canção.

Pitty - A primeira vez que ouvi falar de Pitty foi quando voltei da minha viagem pros EUA / Canadá direto para o Porão do Rock 2003 e me disseram que haveria um show da nova cantora que estava bombando e eu, por estar dois meses e meio na gringa, não fazia idéia de quem era.
Acabei indo embora mais cedo naquela ocasião e, até ontem, não havia tido a oportunidade de assistir a uma apresentação da cantora baiana.
Pitty tem uma posição única no universo pop brasileiro. É uma mulher que canta rock, tem uma banda competentíssima e segura a peteca o show inteiro num gás invejável (espero que somente à base de Red Bull). Enquanto cantoras no Brasil devem seguir a cartilha da dita MPB ou do axé pop e as bandas de rock atuais se vestem com roupas brilhantes e têm fãs que agridem o português padrão, a baiana desfila seus vários hits, alternando-os com as canções novas e comandando seu público (pequeno, porém intenso) com pleno domínio de palco.

Assisti a estas apresentações diretamente do Lounge Vip Rolling Stone (open bar na faixa, mais uma vez neste ano). O único porém da experiência foi durante a meia hora final da apresentação da Pitty. O som de furadeiras desmontando o Lounge estragou um cadinho o vibrante show da baiana.

sábado, 26 de junho de 2010

Vi shows - internacional (part one)

2010 em sido um bom ano para amantes da Pop Music em Brasília.

O ano começou com o show do A-ha no Nilson Nelson com um público de estimadas 5.000 pessoas. Apesar da falta de voz de Morten Harket que detonou sua performance de "Scoundrel Days" (o momento mais esperado por este escriba), o carisma da banda e o carinho do público que auxiliou o vocalista quando este não conseguia segurar as notas mais altas tornaram esta uma apresentação acima da média.

Franz Ferdinand no Marina Hall. Show vibrante, pegado, com todo mundo pulando ao som dos escoceses. Problema grave: o Marina Hell não tem estrutura para um show deste porte, como já pode ser verificado na apresentação do Pet Shop Boys no ano passado. O lugar é um forno, usando de eufemismos. No show do Franz aquilo parecia a filial do inferno. Caso a banda resolva voltar para estas plagas, espero que os produtores achem local mais apropriado. Quanto à qualidade da apresentação, esta foi fantástica. A presença de palco de todos os membros, sua simpatia contagiante e o profissionalismo, mesmo suando em bicas, garantiram um showzaço.

Placebo em Sampa: Como fã da banda que tem todos os CDs e DVDs, tive que conferir o show no Credicard Hall. Além do mais, esperava que a presença do novo baterista Steve Forrest, que deu um novo gás a banda, tirasse a má impressão do show em Brasília em 2005 (competente, mas burocrático). A apresentação baseou-se principalmente no último álbum lançado pela banda "Battle for the Sun" (excelente) e valeu a viagem. O trio principal conta com uma banda de apoio que dá nova intensidade às canções, o vocalista Brian Molko demonstrou simpatia inexistente no primeiro show e o baixista Stefen Olsdal, quase um gigante, animava o público com o agitar de seus braços. O baterista realmente empolgou os fãs presentes, mostrando-se uma excelente adição à banda...

Living Colour no Autódromo de Brasília: Show mal divulgado, mas com um público maior do que esperava para uma banda que não marca presença forte na mídia já há alguns anos. A apresentação foi razoável, com mudanças no andamente de algumas canções e alongamento demasiado de outras. Pelo menos consegui um ingresso para open bar na faixa...