

Já tinha uma fila grande na chegada da Fazenda Maeda. Foi necessária uma triagem da bagagem que a galera estava levando, já que bebidas alcóolicas e desodorantes aerosol, entre outras cositas, eram proibidas. Lógico que tudo era balela, alguns eram revistados, outros passavam batido com vodka e whisky (além da boa e velha pinga) à vontade. Nós só levamos biscoitos e bisnaguinhas Scooby Doo (permitidos). A Paula chegou a comprar outro desodorante para seguir as regras estabelecidas.
Um trenzinho nos levou ao camping, que estava bem vazio então. Era dia 08 de outubro, lá pelas 18 horas. Montamos a barraca, descobri que o banheiro era químico e que não havia pia (só uma torneira no Camping Premium inteiro, que foi retirada no outro dia e substituída por vasilhas de água repostas por funcionários da fazenda). Usei o quimicão no primeiro dia e somente dois dias depois, logo após a limpeza do mesmo (nunca senti tanta saudade do meu próprio banheiro).
Não dormimos nada à noite. Ficamos vizinhos de um bando de mineiros chatos pra caraco que ficaram falando borracha à noite inteira, tentando tocar pagode. Durante toda a noite, mais gente foi chegando e, pela manhã, o camping já estava bem cheio.
Descobrimos que a loja de conveniência era uma lanchonetezinha que vendia Coca 600 por 6 reais, pão de batata e Nestea por 5 e pão de queijo por 4.
Havia uma área com tomadas (umas 10, em média). Quando cheguei lá para carregar meu celular, já havia umas 4 bichadas.
O almoço era feito na área pertencente à Fazenda Maeda que cobrou, no primeiro dia, 40 reais pelo almoço (all that you can eat). Compramos marmitex (e foi assim pelos próximos dias) por 12 reais (o rango era razoável). A coca lata era 5 reais, a Heineken 6. A partir do 2o dia, o almoço abaixou para 20 reais, mas como já disse, o marmitex foi mantido.
Banho - dos oito chuveiros disponíveis para a machaiada, só cinco funcionavam. Fiquei chegado de uma galera e tentamos falar com o pessoal da produção sobre o caos que se instalava. Todo mundo fazia pouco caso e encarei uma hora e meia para tomar o famoso banho de 7 minutos. A Paula levou uns dez minutos para tomar o seu. Havia mais chuveiros e menos banhantes na ala feminina...
No outro dia, trocaram as alas, machos com mais chuveiros, mulheres com menos. Resultado, fiquei 2 horas e meia na fila e a Paula 3. Eu com a cara preta e ela toda vermelha de sol. Decisão tomada, 3o dia sem banho...
Nenhum comentário:
Postar um comentário