sábado, 6 de novembro de 2010
Tropa de Elite 2
Como pode ser visto na capa da Rolling Stone deste mês, com a chamada Desconstruindo o Capitão Nascimento, a continuação desconstruiu o filme original.
O que havia no primeiro filme era a discussão se havia a necessidade do herói (ou anti-herói) descer ao nível do vilão, apresentando características do mesmo e usando de métodos pouco convencionais para cumprir a sua missão.
Personagens de mídias diversas como Wolverine e Justiceiro, nos quadrinhos; Rambo, Paul Kersey e Dirty Harry nas telonas, entre outros, povoam o imaginário, servindo de catarse para o cidadão médio, que, não podendo fazer justiça com as próprias mãos, vibra ao observar seus heróis (não tão bonzinhos assim) pipocando, perfurando, esmurrando e detonando os inimigos da sociedade.
Acontece que o segundo filme, apesar de, em alguns momentos, mostrar o agora Tenente Coronel Nascimento esmurrando quem merece e bancando o cabra macho quando precisa, faz um estudo do personagem, que descobre que tudo em que acreditava não era assim tão certo quanto imaginava. O importante agora não é criar frases de impacto (embora elas estejam lá) nem cenas de tortura com o infame saco (embora ele também dê as caras). Como informa o subtítulo, o inimigo agora é outro. Ao final do filme, Nascimento terá seu statuo quo radicalmente modificado, vários personagens terão encontrado seu destino, e o público vai ter assunto a ser discutido em cadeiras de escola e mesar de bar por semanas a fio.
O mais tragicômico é que o filme tenha saído em ano de eleição e que a realidade ali mostrada ainda pareça melhorada quando comparada com o que se vê do lado de cá da tela...
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