sábado, 21 de agosto de 2010

Inception (A Origem) ou O Pião é a Nova Colher


Lembro quando era moleque e li um Almanaque Marvel com uma história dos X-Men. Achei tudo muito escuro (a editora RGE tinha uma colorização horrível) e intenso demais para uma criança (Estrela Orgulhosa, como chamavam o Pássaro Trovejante na época, tinha morrido na história anterior e tinha um baixinho com garras querendo matar um cara esquisito com jeito de demônio que se teleportava. Naquele momento, aquele gibi não era pra mim, continuei com Turma da Mônica e Disney).

Alguns anos depois li outra história dos mutantes, uma Heróis da TV com capa da Cristal (mutante com roupa discoteca que transforma som em luz). A maioria do universo Marvel da época apareceu na história e o melhor é quem nos mostrava como as coisas funcionavam então, uma menina com seus 13 anos que parecia estar maravilhada por fazer parte daquele universo de uniformes coloridos. Kitty Pryde, a mocinha em questão, funcionava como nosso olhar de moleque e guia turística. Apaixonei-me pela personagem, amor que dura até hoje, ainda mais depois da fase Astonishing X-Men de Joss Whedon lançada recentemente.

O que isto tudo tem a ver com Inception, novo filme do diretor que ainda não fez um filme ruim, Chris Nolan? A menina que parece estar maravilhada em fazer parte do universo fantástico e onírico que lhe é apresentado pelo personagem de Leo DiCaprio, e em quem nos amparamos para tentar entender os conceitos apresentados na película, é representada por Ellen Page, a eterna Juno que interpretou Kitty Pryde em X-Men- O Conflito Final.

O elenco do filmé é bom pacas. Michael Caine e Cillian Murphy já são presenças esperadas num filme do diretor. DiCaprio está mandando muito bem e não tem feito filmes ruins. Adoro Ellen Page e quem diria que Joseph Gordon-Levitt, daquela série sem graça pacaramba "Third Rock from the Sun" fosse se tornar um tremendo ator? Na minha opinião, as cenas deles são incríveis, sejam as lutas nas paredes ou o beijo roubado da novata no grupo.

Sonhos dentro de sonhos onde o tempo corre diferentemente, real x imaginário, um ritmo por vezes lento demais, Edith Piaf como trilha para se voltar a realidade. São muitas as idéias apresentadas. Estou lendo várias teorias a respeito do filme, inclusive aquela que remete a história "Uma Vida de Sonho" do Tio Patinhas criada por
Don Rosa (emocionante e que faz fãs do pato tirarem ciscos dos olhos ao final).

Acho curioso ninguém que eu tenha lido ter citado A Morte nos Sonhos (Dreamscape), filminho bacaníssimo de 1984 com Dennis Quaid menino no qual o próprio tem o poder de invade os sonhos alheios, o que faz com o presidente dos EUA, para tenta impedir outro paranormal com os mesmos poderes de inserir idéias nos sonhos do homem mais poderoso do planeta. Tal filme deu origem ao personagem Máscara Noturna (Nightmask) no Novo Universo Marvel.

E pedindo o perdão às teorias cabeçudas que tenho lido, eu prefiro acreditar que o pião para...

Imagem retirada do site cinealex.wordpress.com

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