sexta-feira, 4 de março de 2011
O Discurso do Rei
Outro filme indicado ao Oscar que, como o Vencedor, tem história bem linear e é agigantado pelas interpretações superlativas.
Colin Firth está ótimo como o filho do rei da Inglaterra que, graças a traumas durante a infância, é completamente gago. Nos breves momentos em que precisa realizar algum discurso graças a sua posição, ele se exaspera e sua voz recusa-se a sair. Ele não teria maiores problemas se circunstâncias além de seu controle não o tornassem o novo monarca.
Geoffrey Rush é o especialista em distúrbios da fala que ajuda o então futuro rei a encontrar sua própria voz, não só literalmente, mas também como um homem que precisa tornar-se um símbolo para sua nação quando esta se encontra prestes a entrar em estado de guerra contra os nazistas.
Helena Bonham Carter surpreende ao parecer tão normal enquanto interpreta a Rainha Mãe, dando forças para o marido tornar-se o homem que a Inglaterra precisa que ele seja.
Somente o alto nível de interpretações tornam o discurso que dá nome ao filme algo tão memorável. O dueto entre Firth e Rush, que se encontram sozinhos no aposento no qual o rei declama, sendo ouvidos pelos bretões em todo o país e no fronte de batalha, consegue transmitir a importância e solenidade daquele momento. E o momento de descontração entre os dois ao final da leitura mostram a grande amizade criada entre aqueles homens tão diferentes.
Apesar do revisionismo histórico e de não apresentar novidades em termos cinematográficos, é um filme que me mostrou uma parte da história que não conhecia e excelentes atores no comando de seu ofício.
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