sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Scott Pilgrim Contra o Mundo



FINALMENTE!!! O filme do ano chegou na boa e velha Brasília. O problema é que no jornal havia a informação de que o filme seria lançado somente na Embracine (uma sala, duas sessões dubladas). Fui encarar mesmo assim e a surpresa boa era que a película era legendada.

Li o que foi lançado no Brasil pela Companhia dos Quadrinhos da obra de Brian Lee O' Malley, 4 dos 6 volumes que já estão disponíveis na gringa.

Para quem mora numa caverna ou não dá a mínima para cultura pop, trata-se da história do personagem título, que se apaixona pela americana Ramona Flowers, que agora trabalha como entregadora da amazon.ca. A menina tem bagagem. Para ser mais específico, sete ex-namorados malignos que devem ser derrotados por Scott se ele deseja namorar Ramona.

O filme é a transposição perfeita de um video game para a tela grande e transpõe fantasticamente o universo dos quadrinhos originais para a telona (tudo bem que eu ainda não li a série toda, mas pude perceber que as pequenas mudanças feitas simplesmente facilitaram colocar seis volumes em um filme de menos de 2 horas).

O elenco é bom pra caramba: Anna Kendrick tem mais personalidade no dedinho do pé que a companheira de elenco na Saga Crepúsculo que gosta de vampiros fake. Kieran Culkin rouba todas as cenas em que aparece como Wallace, amigo gay de Scott.Mary Elizabeth Winstead e Ellen Wong estão adoráveis como Ramona e Knives Chau. Esta, a namorada que foi chutada para que Scott pudesse ficar com aquela. Ah, eu gosto de Michael Cera, fazer o quê.

Cenas hilárias como o "momento Seinfeld", trilha sonora fantárdiga, diálogos memoráveis, cenas de luta bacanudas e a Vegan Police. Um filme que sumariza tudo que gosto no mondo pop de maneira tão superlativa só pode ser considerado o filme do ano.

Dois dias depois de tê-lo visto, o Blu-ray chegou em casa. O player chega na semana que vem e aí vou encarar a tonelada de extras e checar o filme de novo.

Tron: O Legado


Lembro-me do trailer do filme original quando acabava a Disneylândia no domingão e eu era bem moleque. O grande lance é que Tron não foi lançado em Brasília, como boa parte da produção da Disney na década de 80. Havia poucos cinemas, então: Márcia no Conjunto, Karinzão da 110 sul, o bom e velho Atlântida, no Conic. Ali também havia o Bristol, o Badia Helou e o Karim Naboud (acho que eram assim os nomes). Sem falar no Cine Brasília, onde rolavam os filmes independentes. Brincar de gostar de cinema naquela época era punk. Quando não rolavam lançamentos nacionais, a espera demorava (Top Gun estreou uns 6 meses depois do eixo Rio-São Paulo), isto quando os filmes simplesmente não chegavam aqui, caso do Tron Original.

Não que haja necessidade de ver a primeira parte para que se entenda a continuação, tudo é bem explicadinho. Filho do herói do filme original é abandonado pelo pai que, na verdade, esta preso no mundo que visitou no filme anterior. Entra neste mundo virtual e vive "grandes aventuras".

O filme lembra muita coisa: A sequência em que aparece Michael Sheen lembra, ao mesmo tempo, Matrix Revolutions, pelo falatório e a procura por uma "chave" e O Quinto Elemento, pelo histrionismo do personagem interpretado pelo inglês arroz de festa.

O personagem Clu, um Jeff Bridges rejuvenescido digitalmente, mostra que a tecnologia está avançando filme a filme. Ainda parece artificial, mas já é bem melhor que o Scwarzenegger de T4.

O visual é agradável, Jeff Bridges lembra Obi Wan Kenobi (com direito a capuz e tudo)e o Dude de O Grande Lebowski, a 13 de House fica muito bem de roupinha preta colante (Trinity ficaria intrigada) e o mocinho da história não compromete.

Como disse minha esposa, é uma boa sessão da tarde.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Rede Social


Dei boas risadas quando soube que filmariam a história da fundação do Facebook e me perguntei quem gostaria de ver um filme sobre isto.

Quando descobri que David Fincher seria o diretor, tive que repensar meus conceitos. Ao ver o trailer do filme, com aquela versão de Creep do Radiohead, sabia que teria que assistir a película.

Existem vários temas pertinentes à história. Mark Zuckerberg "criou" "seu" website prestando atenção no que já existia, no que funcionava ou não, acrescentando uns toques que podem ou não ter sido de sua autoria (lhe garantindo uns bons processos nas costas, o que perdura até hoje).

É fascinante como alguém que possuía quase nenhuma vida social entendesse tanto do mecanismo que a rege. E também como um excluído pudesse se tornar um dos homens mais invejados do planeta (quem não gostaria de ser bilionário como Bruce Wayne ou Tony Stark?)

Será que alguém que lutou até o fim por uma idéia que sabia ser extremamente criativa e inovadora mereça ser tratado como vilão? Mas como tal pessoa pode passar o único amigo para trás e dormir a noite? (Vai ver a montanha de dinheiro ajude). A cena final, na minha opinião é extremamente ficcional, mas ainda assim marcante, emblemática e humanizante para o "personagem".

Um filme intrigante, que dá o que pensar e mostra nossa realidade atual. Tanto que ao assistir ao filme já pensava no que blogaria sobre ele a posteriori.

Harry Potter e as Relíquias da Morte



Li o livro em quatro dias em bom e velho inglês para evitar spoilers, como quando descobri que Sirius Black havia morrido ao final da Ordem de Fênix.

O filme segue bem parecido com a versão escrita, pelo menos do que me lembro dela, já que não sou do tipo que relê uma obra quando a mesma torna-se um filme. Lembro de ter pensado como a primeira parte viraria celulóide, já que tudo é muito parado. Os três personagens são fugitivos da nova realidade na qual Voldemort toma conta e nem os trouxas estão mais seguros.

No momento em que Ron deixa o filme, tive a mesma sensação da leitura do livro: "Quando esta história vai começar a esquentar?" Não estou dizendo que o livro e filme são ruins, muito pelo contrário, para que a ação flua na segunda parte a calmaria é necessária na primeira. Fiquei simplesmente surpreso como o que senti ao ler a obra foi replicado ao me sentar na sala de cinema.

Rupert Grint manda no filme. Seu personagem é que mais sofre por se ver longe da família e pelo ciúme que começa a sentir de Hermione e Harry. E como Emma Watson ficou bonita... O sentimento que une Ron e Hermione é palpável por meio de alguns diálogos e alguns momentos entre os personagens. Sutil, mas bem perceptível...

Juro que tive que chegar em casa após o filme e dar uma olhada na wikipedia sobre os horcruxes (fiz a mesma coisa durante a leitura). É um bocado de informação, mas agora estou preparado para a segunda parte, a volta a Hogwarts e o segredo de Snape. A primeira parte é para fãs ou, pelo menos, para quem acompanhou tudo no cinema. É um filmaço, mas o próximo tem tudo para ser extraordinário...

John Lennon Begins a.k.a O Garoto de Liverpool


O filme começa com Lennon sonhando e rola um foreshadowing de A Hard Day's Night, numa cena antológica.

O que segue é a história da adolescência do beatle: seus problemas com a mãe biológica, a criação pela tia, problemas na escola, início do interesse pela música, a criação dos Quarrymen (protótipo dos Beatles), o início da amizade com Paul, algumas revoltas e tragédias.

Filme agradável valorizado pelas interpretações de Aaron Johnson (Kick-Ass) e Kristin Scott Thomas. Agora tenho que ver Backbeat, que continua a história...