domingo, 22 de agosto de 2010

Vi Shows Internacional (part two)

Simple Minds - Ginásio Nilson Nelson em 21/08/10

Finalmente a banda irlandesa com líder de postura messiânica formada na Irlanda no final dos anos 70 e que não é O U2 fez um show em Brasília.

O show estava marcado para 21:00. Cheguei às 20:00 e os arredores do Ginásio estavam vaziaços. Enquanto esperava meus companheiros curtidores do sons antigos (todos trintões, lógico) me refastelei com um X-Tudo numa barraquinha insuspeita. O sanduba fez juz ao nome, era enorme e tinha tudo o que necessitava para saciar minha fome e entupir minhas veias (pense num bicho gorduroso...)

Entramos lá pelas 21:40. Já estava mais cheio (trintões e quarentões, alguns com filhos). O DJ misturava cositas novas (Kings of Leon, Muse) com os hits oitentistas de sempre (Sweet dreams are made of this...). A banda entrou pouco depois das 22:00. Palco bacana, iluminação idem. Vocal, guitarra, baixo, batera e um tecladista (item obrigatório em bandas com repertório oitentista). Além disso, uma backing vocal com uma pusta voz e um belíssimo par de pernas.

Jim Kerr foi simpático pacas o show todo: dando tchauzinhos para quem se encontrava mais distante nas cadeiras e pedindo mãos pra cima e palmas, principalmente nas canções novas. A voz continua a mesma. A banda é competentíssima e garante um show honesto e vibrante.

Para aqueles que, como eu, curtiram o vinil duplo "Live in the City of Light" (o da capa preta), ouvir Someone Somewhere in Summertime, Waterfront e Once Upon a Time perto de casa tem um sabor especial. Mas, IMHO, faltou Promised You a Miracle, um dos meus hits pessoais da banda.

A minha canção, aquela que não poderia faltar, é Hypnotized. Percebi que grande parte do público não se lembrava dela, mas eu cantei, pulei, bati palmas e balancei bracinhos como louco. A inclusão de Let There Be Love foi, para mim, inesperada e muito bem vinda.

Lógicamente que os dois grandes momentos ficaram para Don't You Forget About Me e Alive and Kicking. A primeira foi recebida por esta pessoa com um punho para cima estilo Panteras Negras (fazer o quê, sou fãzaço de Clube dos Cinco). O Lalalala parecia o momento da boite Vogue em Sobradinho, com todo mundo pulando e gritando que nem loucos. Alive and Kicking (um dos meus mottos) foi emocionante (aquele tecladinho ruleias) e fechou um grande show bem família. Os bons e velhos fãs (alguns estavam próximos a mim) pareciam estar em transe durante algumas canções.

A única reclamação que faço é o pequeno ingresso ter sido retirado de minhas mãos e não devolvido, sendo que havia a possibilidade de destacar uma de suas partes, como em todo bom e velho show. É por isso que o scan do mesmo não se encontra aqui...

sábado, 21 de agosto de 2010

Inception (A Origem) ou O Pião é a Nova Colher


Lembro quando era moleque e li um Almanaque Marvel com uma história dos X-Men. Achei tudo muito escuro (a editora RGE tinha uma colorização horrível) e intenso demais para uma criança (Estrela Orgulhosa, como chamavam o Pássaro Trovejante na época, tinha morrido na história anterior e tinha um baixinho com garras querendo matar um cara esquisito com jeito de demônio que se teleportava. Naquele momento, aquele gibi não era pra mim, continuei com Turma da Mônica e Disney).

Alguns anos depois li outra história dos mutantes, uma Heróis da TV com capa da Cristal (mutante com roupa discoteca que transforma som em luz). A maioria do universo Marvel da época apareceu na história e o melhor é quem nos mostrava como as coisas funcionavam então, uma menina com seus 13 anos que parecia estar maravilhada por fazer parte daquele universo de uniformes coloridos. Kitty Pryde, a mocinha em questão, funcionava como nosso olhar de moleque e guia turística. Apaixonei-me pela personagem, amor que dura até hoje, ainda mais depois da fase Astonishing X-Men de Joss Whedon lançada recentemente.

O que isto tudo tem a ver com Inception, novo filme do diretor que ainda não fez um filme ruim, Chris Nolan? A menina que parece estar maravilhada em fazer parte do universo fantástico e onírico que lhe é apresentado pelo personagem de Leo DiCaprio, e em quem nos amparamos para tentar entender os conceitos apresentados na película, é representada por Ellen Page, a eterna Juno que interpretou Kitty Pryde em X-Men- O Conflito Final.

O elenco do filmé é bom pacas. Michael Caine e Cillian Murphy já são presenças esperadas num filme do diretor. DiCaprio está mandando muito bem e não tem feito filmes ruins. Adoro Ellen Page e quem diria que Joseph Gordon-Levitt, daquela série sem graça pacaramba "Third Rock from the Sun" fosse se tornar um tremendo ator? Na minha opinião, as cenas deles são incríveis, sejam as lutas nas paredes ou o beijo roubado da novata no grupo.

Sonhos dentro de sonhos onde o tempo corre diferentemente, real x imaginário, um ritmo por vezes lento demais, Edith Piaf como trilha para se voltar a realidade. São muitas as idéias apresentadas. Estou lendo várias teorias a respeito do filme, inclusive aquela que remete a história "Uma Vida de Sonho" do Tio Patinhas criada por
Don Rosa (emocionante e que faz fãs do pato tirarem ciscos dos olhos ao final).

Acho curioso ninguém que eu tenha lido ter citado A Morte nos Sonhos (Dreamscape), filminho bacaníssimo de 1984 com Dennis Quaid menino no qual o próprio tem o poder de invade os sonhos alheios, o que faz com o presidente dos EUA, para tenta impedir outro paranormal com os mesmos poderes de inserir idéias nos sonhos do homem mais poderoso do planeta. Tal filme deu origem ao personagem Máscara Noturna (Nightmask) no Novo Universo Marvel.

E pedindo o perdão às teorias cabeçudas que tenho lido, eu prefiro acreditar que o pião para...

Imagem retirada do site cinealex.wordpress.com

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Uma Noite em 67


A cerimônia do Oscar de 1939 tinha, entre seus 10 indicados a melhor filme algumas pérolas tais quais E o Vento Levou, O Mágico de Oz, No Tempo das Diligências e Ninotchka. Não invejo quem teve que escolher o melhor entre eles. O mesmo pode ser dito dos votantes para a escolha da melhor canção do III Festival de Música Popular Brasileira da Rede Record, realizado em 1967.
Sempre soube que Alegria, Alegria de Caetano, Roda Viva de Chico e Domingo no Parque de Gil haviam sido concorrentes de festivais da canção. A canção Ponteio, de Edu Lobo, eu já conhecia, mas só reconheci sua intensidade ao presenciar, no ano passado, o show de meu amigo Pecê Sousa, juntamente com um grupo de cantores excepcionais como ele, que o acampanhavam, homenagenando as canções que fizeram parte daqueles festivais.
No filme Uma Noite em 67, descobri que todas estas canções concorreram umas com as outras no mesmo festival, e que a noite de encerramento do mesmo foi um acontecimento histórico e cultural que mudou profundamente o que seria considerado MPB dali em diante.
A película mostra o temor dos intérpretes frente a uma platéia bastante vocal, que já havia escolhido seus heróis e vilões. Sérgio Ricardo sucumbiu às vaias e lançou seu violão à platéia, sendo desclassificado. Caetano conquista a platéia com seu sorriso e o rei Roberto Carlos, apresentando o samba Maria, Carnaval e Cinzas, minimiza as vaias direcionadas a ele e arranca aplausos ao final de sua apresentação.
A edição do filme mistura imagens de arquivo com entrevistas realizadas recentemente com personagens ilustres de tal noite: Roberto, Caetano, Chico, Gil, Edu Lobo, o presidente da Record na época, que compara o programa ao telecatch, tão popular na época, entre outros.
Curioso perceber a mudança que se processaria a partir de então, com a Tropicália iniciada por Caetano, Gil, Mutantes e Rogério Duprat; um Chico Buarque encontrando sua verdadeira voz e o Rei da Jovem Guarda deixando os roquinhos para adentrar na fase "black" e posteriormente, a fase romântica da década de 70.

Documentário recomendadíssimo para apaixonados por música e por quem quer saber mais sobre nosso rico passado histórico, cultural, político e popular.

Imagem retirada do site www.minhanoticia.ig.com.br

À Prova de Morte


É estranho assistir um filme de Tarantino realizado anteriormente a Bastardos Inglórios, mas lançado somente agora em terras brasilis.
Isto porque cenas recheadas de longos diálogos, que dão o tom das cenas e da história, e uma preocupação em dar importância aos personagens femininos, características presentes em Death Proof, são explorados de maneira perfeita no último longo realizado pelo cineasta. É como se estivéssemos presenciando o pré-projeto depois de termos contato com a monografia (ô papo de professor).
Isto não quer dizer que o filme que chega bem atrasado (3 anos) em território tupiniquim não tenha seus próprios atrativos. A história é divertidíssima, embora possua momentos tensos e violência tarantinesca (o sangue jorra bacanissimamente). Os diálogos no bar apresentado na primeira parte do filme e aqueles entre as dublês de cinema antecedendo à perseguição final são afiadíssimos e recheados de comentários à cultura pop tão caros ao diretor (a referência a Vegas, reconhecida por mim, fez perceber que a idade tá chegando).
Kurt Russell está com um mullet que intrigaria Snake Plissken e a trilha sonora é boa de doer, pra variar. E desde Clerks II eu acho Rosario Dawson charmosa pacaramba...
Recomendado para aqueles que gostam de diálogos excessivos, violência desnecessária por uma boa causa (diversão catártica), garotas com bermudas jeans curtas e tenham um "sick sense of humor".

PS: eu aprendi com a minha mãe a nunca colocar o braço para fora do carro. Depois desse filme, eu não ponho nem o dedo mindinho...

Imagem retirada do site www.amazon.com

Daryl Hall and John Oates


Comprei um CD nas Americanas dos caras hoje. Ainda não me perdôo não ter comprado um daqueles DVDs vagabundos com um show deles no mesmo local há alguns anos, agora tá esgotado.
Trata-se de um show recente (2008) à preço de banana. O estranho é ver o John Oates na capa sem o típico bigodão (também tenho a mesma opinião sobre o Tom Selleck, fazer o quê?).
Recomendo muito. Som bacana pra quem gosta de Antena 1 sounds...

Imagem retirada do site www.mercadolivre.com.br