sábado, 12 de novembro de 2011

Gigantes de Aço

Filme que tem todos os clichês possíveis e imagináveis sobre pais ausentes, moleques gênios, perdedores que superam os obstáculos e revelam-se campeões, amor que vence tudo, o triunfo do bem sobre o mal (que se veste bem e tem sotaque). Apesar de tudo, vibrei horrores, mesmo sacando o roteiro do início ao fim, inclusive a "surpresa" deixada para o último assalto. Hugh Jackman mostra que é mais que o bom e velho carcaju e Rocky Balboa ficaria intrigado...

Filmes brazucas

Rock Brasília: A Era de Ouro - Enquanto o filme passava, pude ver parte da minha própria vida se desenrolando ali. Meu primeiro vinil, que ainda tenho, foi o do Capital Inicial. Meu primeiro show foi o fatídico da Legião Urbana em Brasília e o segundo foi o lançamento do terceiro e fantástico álbum da Plebe no Gran Circo Lar. As histórias contadas já são, em boa parte, conhecidas. Muito bacana os depoimentos dos pais, principalmente da mãe peruaça do Philippe Seabra e a presença marcante do pais de Flávio e Fê Lemos. Uma boa surpresa foi mostrarem a real importância de André X, principalmente, Fê Lemos, na história do rock de Brasília. Excelente documentário. Agora estou ouvindo minhas coleções de álbuns das 3 bandas...

O Palhaço - Filme simpaticíssimo e cheio de excelentes interpretações contando a história de um circo daqueles bem vagabundos (aqui em Sobradinho eles vêm direto) com sua trupe que vive como uma grande família. O palhaço interpretado por Selton Mello já não sabe se sua vida é ali com seu pai (Paulo José), o dono do circo e também palhaço. O filme lembrou-me Clerks II, na visão de que o que vale é você fazer aquilo que sabe (e gosta, talvez?), independentemente do peso social que a tarefa possui, seja você um simples  animador de circo ou balconista de loja de conveniência. A apresentação final de Puro Sangue e Pangaré, pai e filho, onde os dois dialogam praticamente só com olhares, é antológica, assim como a sonoplastia que acompanha a apresentação circense. Lembrou-me as boas e velhas animações e lazeres de Segue-mes e EJEs antigos.

Os 3 - A história do triângulo amoroso / amigável é bem manjada. Lembro-me de "Três Formas de Amar", clássico do início da minha vida adulta. O filme nacional tem elenco simpático, crítica velada aos reality shows e ao sistema de celebridade instantânea (Pânico 4 já tinha feito isto este ano). Achei um filme bem bacaninha, sem muitos arrombos de criatividade, mas muito divertido e até real no lance de que até no dia-a-dia podemos acabar por interpretar papéis dependendo da necessidade, do ambiente, da falta de personalidade...